Adamant: Hardest metal
Wednesday, January 15, 2003

EFEI Energy News

Oferta de petróleo aumentará até que a Venezuela retome produção Viena, 9 - O aumento da produção estudado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) poderá entrar em vigor a partir do próximo mês, e só vai durar enquanto a produção venezuelana estiver paralisada. ''É provável que o aumento seja efetivo a partir de 1 de fevereiro, mas será condicional, ou seja, suspenso se a Venezuela retomar sua produção''. A afirmação é de uma fonte do secretariado da Opep em Viena. Outros membros da organização disseram que os produtores de petróleo poderão pactuar, no próximo domingo e numa reunião ministerial de urgência, um aumento da oferta entre um e 2 milhões de barris diários. A Opep teme, no entanto, que o preço desabe se este aumento da produção não for suspenso no momento em que a Venezuela, o quinto maior exportador de petróleo do mundo, voltar a enviar seu petróleo ao mercado internacional. Desde o início da greve geral na Venezuela, há mais de um mês, a companhia estatal Petróleos da Venezuela S.A. (PDVSA) deixou de produzir cerca de dois milhões de barris de petróleo por dia. O secretário-geral da Opep, o venezuelano Alvaro Silva Calderón, disse ontem que o cartel reconhece a necessidade de uma reação aos problemas que o mercado enfrenta pela falta de petróleo venezuelano e o medo diante de uma possível guerra no Iraque. ''Estamos em uma situação difícil porque o mercado foi atingido por uma série de fatores nos quais nós não podemos influenciar'', afirmou Silva Calderón. O ex-ministro venezuelano de Energia e Minas reiterou que a Opep continua defendendo a faixa de oscilação de preços entre US$ 22 e US$ 28 - em vigor desde março de 2000 pelo barril de petróleo de 159 litros. De acordo com este sistema, os dez membros da Opep que participam da divisão de cotas de produção - todos menos o Iraque - devem reduzir juntos a oferta em pelo menos meio milhão de barris diários se seu barril for vendido a menos de US$ 22 durante dez dias úteis consecutivos, e devem aumentá-la na mesma quantidade quando ficar cotada acima dos US$ 28 durante vinte dias. Nas últimas duas semanas, o preço subiu quase 25% e está acima dos US$ 30. O secretariado da Opep confirmou hoje que apesar da importância da reunião do próximo domingo, os ministros de Petróleo e Energia do Kuwait, Iraque e Indonésia não irão à capital austríaca. Não foi confirmada a presença do ministro de Petróleo e Minas da Venezuela, Rafael Ramírez, que devido à grave crise em seu país já não pôde ir na última reunião ministerial da Opep, realizada no último dia 12 de dezembro em Viena. Fonte: JB Online

Petrobras diz que não recebeu pedido de ajuda à Venezuela Rio, 9 - A Petrobras informou por meio de sua assessoria de imprensa que ainda não recebeu da Presidência um pedido formal para auxiliar a estatal venezuela de petróleo PDVSA. A companhia está paralisada por uma greve que dura mais de um mês. De acordo com informações publicadas ontem pela Folha de S.Paulo, o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apresentou ao governo brasileiro um novo pedido de ajuda. Chávez quer navios, gasolina e pessoal especializado para trabalhar na PDVSA, o que possibilitaria à estatal retomar um nível razoável de produção de petróleo. O governo Lula se mostra disposto a aceitar a solicitação. "A palavra final está dada: vamos ajudar", disse Marco Aurélio Garcia, assessor de Lula, conforme revelou a Folha de S.Paulo. Em dezembro, ainda no governo FHC, a Petrobras enviou uma carga de gasolina à PDVSA. Segundo a estatal brasileira, não foi uma doação. O produto foi vendido a preço de mercado. A PDVSA é a maior companhia da Venezuela e uma das principais exportadoras de óleo e derivados do mundo. É dona também de uma grande rede de postos nos Estados Unidos. Fonte: Folha de S.Paulo

Governo reestrutura PDVSA e tenta normalizar indústria petroleira CARACAS, 8 - O governo da Venezuela está promovendo a reestruturação da estatal PDVSA dentro de seus esforços para normalizar a indústria petroleira, gravemente afetada pela greve geral que vive o país, quinto exportador mundial de petróleo. 'Estamos trabalhando muito duro para restituir a confiança afetada pelo golpismo petroleiro’, disse aos jornalistas o ministro das Relações Exteriores, Roy Chaderton, no Palácio presidencial de Miraflores, depois de um Conselho de ministros. A Petróleos da Venezuela SA (PDVSA) aderiu à paralisação em 4 de dezembro com o intuito de reforçar a greve geral opositora convocada para forçar a saída de Hugo Chávez da presidência do país, objetivo mais tarde redirecionado para a realização de eleições antecipadas, algo não previsto na Constituição. O Governo decidiu então ‘fazer uma limpeza’ na PDVSA e demitir centenas de executivos, que, na sua opinião, ‘sabotaram’ as instalações para que parassem de operar. A ‘limpeza’, à qual Chávez se referiu várias vezes, será complementada com uma reestruturação interna que implicará na eliminação de milhares de postos burocráticos, principalmente na sede central de Caracas, onde o número de funcionários chega a mais de 6.000. Essa reestruturação terá, como primeira fase, a criação de duas grandes operadoras, uma no oeste e outra no leste do país, cujo objetivo será a descentralização do poder, até agora concentrado em Caracas. O ministro de Minas e Energia, Rafael Ramírez, reconheceu que o processo de recuperação e transformação da empresa vai ser longo e complicado. No entanto, ele demonstrou estar confiante de que em três meses as principais operações já terão sido normalizadas. Fonte: JB Online